terça-feira, 5 de abril de 2011

Centro de Acolhimento oferece ajuda especializada para dependentes

Local já recebeu cerca de 2.000 dependentes químicos em busca de reabilitação

Atualizada: 30/3/2011 por Ascom Sepaz

Centro de Acolhimento faz encaminhamento de dependentes químicos para comunidades terapêuticas
Centro de Acolhimento faz encaminhamento de dependentes químicos para comunidades terapêuticas (Foto: Ascom Sepaz)
Em pouco mais de nove meses, o Centro de Acolhimento, criado pela Secretaria de Estado da Promoção da Paz (Sepaz), já atendeu cerca de 2.000 pessoas com dependência química que desejam passar por tratamento em alguma das 14 comunidades terapêuticas que têm convênio com a Sepaz.
No local, os dependentes são submetidos a uma triagem feita por assistentes sociais, psicólogos e psiquiatras, além de passar por exames laboratoriais. Nessa primeira etapa do acompanhamento, a coordenação do Centro de Acolhimento para Dependentes Químicos define a qual comunidade o paciente deverá ser encaminhado, caso tenha vagas disponíveis no momento.

               As comunidades participantes do projeto são: Lar Santo Antônio de Pádua; Centro de Assistência Social Betesda; Projeto Sarar; Associação Nova Jericó; Renascer; Associação São Miguel Arcanjo; Casa de Restituição Shalon – Cares e Fazenda Vida Nova – Comunidade Kerygma; Casa do Bom Samaritano; Centro de Recuperação Social de Alagoas – Desafio Jovem; Obra Social Nossa Senhora da Glória – Fazenda Esperança Santa Terezinha e Poço das Trincheiras; Secretariado e Assistência Social Juvenópolis e o Instituto de Capacitação e Recuperação Yobel.

O secretário de Estado da Paz, Jardel Aderico, faz um balanço positivo sobre os nove meses de criação do centro. Para ele, a iniciativa fez com que se criasse uma nova mentalidade para os dependentes químicos e seus familiares, que passaram a acreditar no trabalho feito tanto pela Sepaz, durante a triagem, como o tratamento nas comunidades.

“Conseguimos inverter uma situação que andava por um caminho errado. Antigamente, existiam apenas três possibilidades para um dependente químico: ser colocado em um hospital psiquiátrico inadequado, ser rejeitado pela família ou cair na criminalidade. Hoje o quadro é totalmente diferente”, comenta o secretário.

                “O projeto em parceria com as comunidades tem como objetivo principal mudar o comportamento de um dependente químico, que tem uma relação estreita com o consumo e o tráfico. A casa de acolhimento atende tanto do ponto de vista de saúde, como do social”, disse Jardel Aderico, que enfatiza o fato de Alagoas ser o primeiro estado do país a contar com um centro especializado no acolhimento de dependentes.

Segundo o secretário, após a criação do centro e a realização de outras ações do governo de Alagoas, como o programa Agentes da Paz, que têm o objetivo de prevenção e não de combate à violência, os primeiros sinais já começaram a aparecer. “O momento agora é de consolidar o que já foi feito e dar início ao planejamento de novas ideias. O governador Teotonio Vilela Filho tem trabalhado de uma maneira muito corajosa, tentando diminuir a violência através da cultura de paz”, destaca
Ailton Cruz

Lidielma Nobre explica que Sepaz quer 30 casas de recuperação e atendimento especializado em todo o Estado
            A coordenadora do Centro de Acolhimento, Lidielma Nobre, explica que a proposta da Secretaria é chegar ao número de 30 casas de recuperação em todo o Estado, além de dois minipronto-socorros especializados e três comunidades preparatórias.

            Ela acrescenta que durante os primeiros meses de atuação do Centro, mais de 90% das famílias e dos dependentes oferecem um retorno muito positivo para a coordenação. Segundo Lideilma, o número de atendimentos dobrou do primeiro para o segundo trimestre, chegando ao limite diário a partir de 2011.

                “As pessoas passaram a conhecer e confiar no nosso trabalho. Sabemos que temos que melhorar em alguns pontos, as comunidades precisam se estruturar um pouco mais, mas dentro do que é possível atualmente, sabemos que estamos fazendo o melhor trabalho possível para quem sofre com a dependência química em Alagoas”, explica Lideilma.
Anjos da paz
               Um serviço inovador é oferecido no Centro de Acolhimento. Trata-se do Anjos da Paz, atendimento médico feito por uma equipe especializada, que se desloca até a residência dos dependentes químicos que ainda apresentam uma certa resistência em passar pelo primeiro passo do tratamento – a triagem. Para acionar a equipe, basta ligar para o número 0800 28 09 390, que também funciona como canal de esclarecimento e
orientação.

               A coordenadora do Centro afirma que esse tipo de atendimento é um pouco mais restrito, atendendo a casos de maior urgência. Isso se dá pelo fato de o projeto ainda passar pelo processo de estruturação, para que em futuro próximo possa atender mais solicitações.

“Poucas pessoas têm acesso ao Anjos da Paz, mas quem já passou pelo atendimento, conhece a competência dos profissionais. Estamos trabalhando para que em pouco tempo ele passe a atuar de forma independente do Centro”, explica.

              O centro funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, na rua Silvério Jorge, nº 500, próximo ao Museu Théo Brandão. São feitos diariamente, no Centro de Acolhimento, cerca de 50 atendimentos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário